Foi procurando por bordados em roupa feito à mão que encontrei um lindo poema sobre gato. O poema foi escrito pelo poeta português António Gedeão. Espero que gostem tanto da leitura quanto eu gostei.
Poema do Gato
Quem há de abrir a porta ao gato quando eu morrer?
Sempre que pode
foge pra rua,
cheira o passeio
e volta atrás,
mas ao defrontar-se com a porta fechada
(pobre do gato!)
mia com raiva
desesperada.
Deixo-o sofrer
que o sofrimento tem sua paga,
e ele bem sabe.
Quando abro a porta corre pra mim
como acorre a mulher aos braços do amante.
Pego-lhe ao colo e acaricio-o
num gesto lento,
vagarosamente,
do alto da cabeça até o fim da cauda.
Ele olha-me e sorri, com os bigodes eróticos,
olhos semi-cerrados, em êxtase,
ronronando.
Repito a festa,
vagarosamente,
do alto da cabeça até ao fim da cauda.
Ele aperta as maxilas,
cerra os olhos,
abre as narinas,
e rosna.
Rosna, deliquescente,
abraça-me
e adormece.
Eu não tenho gato, mas se o tivesse
quem lhe abriria a porta quando eu morresse?
António Gedeão
Oi Débora, eu gostei do poema ~ e do bordado! Que gracinha! <3
ResponderExcluirMuito obrigada, Camila. ^^ Fiz esse gatinho bordado com muito carinho. Deu um charme especial para o short. =]
ExcluirEsse poema é lindo, né?! Gostei muito dele! ^^
Beijinhos ♥
Ahh adorei o poeminha! Eu nunca tive gato, mas sou apaixonada acho super fofos e cheios de personalidade! E o seu bordado ficou muito lindinhoooo <3 parabéns!
ResponderExcluirBeijos
Não é fofo o poema, Dai. Eu gostei muito dele. ^^
ExcluirAh! Gatos são uns seres especiais. Eles têm seu próprio jeito de interagir e se comunicar com a gente (os humanos). Concordo com você, eles são fofos e cheios de personalidade. =]
Muito obrigada! Esse bordado foi feito com muito carinho. ^^
Beijinhos ♥